domingo, 22 de fevereiro de 2009

La Boheme
























Acredito na Eternidade das coisas, sentimentos e emoções, acredito em histórias de Príncipes e Princesas, em Amores Lunares ao som de pianos, acredito no Inimaginavelmente Belo, acredito em Sonhos que vivem no infinito.

Hoje fui escutar uma história de Amor, mas não uma história de Amor qualquer, a história de Rodolfo e Mimi. Esta obra intemporal passa-se no século XIX, em Paris, e tem em Rodolfo, um poeta pobre, que queima a sua própria obra para se aquecer e em Mimi, uma hábil costureira que não sabe porque lhe chamam Mimi e sofre de tuberculose, os seus principais protagonistas. É verdadeiramente uma história de Amor Eterno, carregada do dramatismo, magia e poesia que apenas um história Eterna pode ter. Se Rodolfo era poeta, Mimi era a sua poesia...
Somos contagiados pelas emoções que Rodolfo e Mimi vão vivendo. O desespero de Rodoldo por ser pobre e viver em condições degradantes com os seus companheiros Boémios, as desculpas de ciúmes que usa para afastar o seu grande Amor. Mimi, alma sublime, que luta contra a sua doença por Rodolfo, como ela própria diz, o "Amor de toda a sua Vida".

Dizem que Pucinni quando acabou de "escrever" esta Ópera, chorou como um bebé. Quem cria algo de tão belo, é tão só Eterno.

Obrigado Pucinni, obrigado por fazeres Sonhar... É Inimaginavelmente Belo.

Deixo aqui um excerto do 1ºacto

Che gelida manina
Se la lasci riscaldar.
Cercar che giova?
Al buio non si trova.
Ma per fortuna
è una notte di luna,
e qui la luna
l'abbiamo vicina.

Aspetti, signorina,
le dirò con due parole
chi son, e che faccio,
come vivo. Vuole?

Chi son?
Sono un poeta.
Che cosa faccio? Scrivo.
E come vivo? Vivo!
In povertà mia lieta
scialo da gran signore
rime ed inni d'amore.
Per sogni e per chimere
e per castelli in aria,
l'anima ho milionaria.
Talor dal mio forziere
ruban tutti i gioelli
due ladri, gli occhi belli.
V'entrar con voi pur ora,
ed i miei sogni usati
e i bei sogni miei,
tosto si dileguar!
Ma il furto non m'accora,
poichè, v'ha preso stanza
la dolce speranza!
Or che mi conoscete,
parlate voi, deh! Parlate.
Chi siete? Vi piaccia dir!


http://www.youtube.com/watch?v=rpxXlhTP8os
http://www.youtube.com/watch?v=NlBFBO5odvM&feature=related

Diz-se que o Amor vence tudo, acredito que sim. Chega a vencer até a morte, perguntem ao Infante D.Pedro.


João

Estrela da Tarde






















Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde

Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza

Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!

José Carlos Ary dos Santos

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Caminhos























Há Caminhos,
Murmúrios escondidos
nas Pedras cinzentas

Há Caminhos,
Luz difiusa
na Alma rasgada

Há Caminhos,
Embriagados
sem Destino

Caminho, Caminhando,
Caminho por Ti


João