sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Último


















Hoje é um dia de últimos!

Ultimos...
pensamentos,
sorrisos,
olhares,
abraços,
beijos,
palavras,
desejos,
suspiros,

Hoje é também o meu último post de 2010 e não quero entrar em 2011 sem recordar um momento especial do Ano. Conheci um Espanhol no Tibet, era uma pessoa simples de trato fácil, sorriso espontâneo e de uma alegria contagiante. Visitamos em conjunto alguns templos e neste pouco tempo em que tive o prazer da sua companhia, conheci aquilo que este viajante quis que eu conhecesse. Este Espanhol na casa dos sessenta anos que faz obras em casas e que vive em Londres, dedica a sua Vida a cumprir um Sonho: conhecer o mundo. Pode-se dizer que está bem encaminhado com mais de 100 países visitados, não obstante o seu Sonho contou-me como a sua mulher prefere os comodismos da sociedade moderna, dos spas, dos resorts, das férias na costa mediterrânea Espanhola, etc. Eu digo, são opções, tão só e simplesmente opções, cada pessoa «Sonha» aquilo que entende, como entende, quando entende, é uma escolha de cada um. Este Senhor que acompanhava a sua mulher também nestas viagens, tem o seu Sonho mas tem muito mais que isso tem um plano para ele, tem um caminho que construiu ao longo da sua vida, para que um dia, o último dia, possa dizer cumpri o meu Sonho.
Estavamos de partida do Tibet e na sala de embarque com destino a Kathmandu Nepal, tirou do bolso um pequeno papel e leu-me: "The future belongs to those who believe in the beauty of their dreams". Olhei para o Espanhol, sorrimos os dois, apontei a frase, guardei-a e é essa a frase que me vai inspirar logo quando chegar o último segundo de 2010, mas é também essa frase que me vai acompanhar no primeiro minuto de 2011.

Porque da inevitabilidade do fim, nasce sempre a esperança de um princípio e os «últimos» não são mais que princípios, princípios escondidos…

Eleanor Roosevelt
João

sábado, 25 de dezembro de 2010

La Promessa
























perchè in silenzio
te l`avevo promesso

Paolo Giordano

sábado, 18 de dezembro de 2010

E Agora
























Fecho os olhos,
Hoje vi-te outra vez por entre o esquisso de um Sonho que não era teu nem meu, era de alguém que por ali passava num qualquer passeio imundo com a mão cheia de nada, e tu, tu gritavas, gritavas palavras mudas, gritavas palavras que não eram tuas, palavras sem dono, palavras livres que se entranham na alma de quem passa. Paraste ao meu lado e não me viste, nem se quer nos tocamos porque és transparente da côr da água nascente, não cruzamos se quer um olhar, porque afinal não vês.

Caminhas agora por entre Sonhos que não são teus, na realidade não são de ninguém, existem apenas numa realidade metafísica que nem se quer existe, caminhas em ruas frias, feitas de rasgos de olhares daqueles que te pisam a alma, mas que não te roubam o ser.
Escutas o canto da rua, escorrem-te as lágrimas e também elas não são tuas, na realidade também elas não são de ninguém.

porque...
agora ninguém chora,
ninguém vê,
ninguém escuta,
ninguém sente,
agora ninguém É.

E agora…
agora, és só Tu!

João

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Outra vez


















Voltei a fugir...

Fugi,
outra e mais uma vez,
da incerteza do ontem.

Fugi,
outra e mais uma vez,
da esperança do amanhã.

Fugi…


João

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um dia



















Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho, e faltam a esse também.

Fernando Pessoa