terça-feira, 5 de outubro de 2010

Lá do Alto, bem Alto...

















Hoje… acordei no alto de uma Montanha,

Lá do alto, bem do alto,
vejo o tecto do mundo que me chama com palavras taciturnas,
dançam por escarpas geladas num caos de perfeição,
Sonho…

lá do alto, bem do alto,
vejo estrelas que se perdem de vista , correm pelos céus devagar, esperando.

lá do alto, bem do alto,
vejo os riachos, os rios e o mar, apressados, suspiram rumo à liberdade difusa.

lá do alto, bem do alto,
vejo as pedras, os calhaus e os pedregulhos, cansados, gastos por um tempo que não quer passar, impotentes ao caminhar.

lá do alto, bem do alto,
vejo as ruas e os becos, as avenidas e as ruelas,
vejo almas sozinhas que no meio da multidão procuram o conforto à solidão,
vejo corpos nus desprovidos de qualquer sentir que em desacerto se unem, vazios no tempo.

Estou sentado...
ladeado de montanhas infinitas, procuro-as com o meu olhar, estendo-lhes a mão,
Sorriem!

Li à Montanha um poema, escutou-me... Chamo as Nuvens que em passo ligeiro e trazidas pela ventania, depressa se juntam para me escutar. Veio também o Sol, raiando todo o seu esplendor. Comecei a ler o poema que se impunha: das Nuvens caíram lágrimas, do Sol mil cores de encantar.

e por fim,
ri, gritei , chorei, abraçei o Mundo...

fui,

Livre...


João

1 comentário: