domingo, 29 de março de 2009

8 ou 80
























Fui à janela e vi o Sol, encheu-me a alma. Decidi ir fotografar, sinto que logo à tarde, a Luz de Lisboa (que apenas habita a realidade da nossa mágica cidade) me vai contar histórias de encantar. Vou «agarrar» imagens, vou «roubar» momentos congelados no tempo, vou ser Feliz.

Não escrevo sobre mim, mas hoje acordei com essa vontade. Será uma excepcionalidade, neste meu pequeno «Passeio dos Sonhos».
Resolvi escrever ao som de música, ritual que não dispenso quando descobri que gosto de escrever, de navegar pelos meus pensamentos. Escolhi Yann Tiersen, conheci-o quando vi o filme " O Fabuloso Destino de Amelie Poulain", foi Amor à primeira vista.

Sou por vezes "criticado" pela forma intensa, apaixonada como me entrego à Vida, às coisas/pessoas que gosto. Não concebo Viver de outra forma. Dizem-me que devia dosear as minhas verbalizações, a forma como me entrego. A maioria das pessoas não estão preparadas para lidar com alguém como eu, dizem. Interrogo-me nesta afirmação, até porque quero ao pé de mim pessoas excepcionais, incríveis. Como é possível viverem, contidos, com medo, viver num mundo de duplos significados, em que o sim é não e o não é sim. Vivem com medo de Sentir, de se magoar, com medo de cair. Na realidade vivem com medo de serem Felizes, porque o "Sofrimento" e a Felicidade andam lado a lado na Vida. Como dar valor a algo, se não pudermos comparar?

Digo o que sinto e as minhas acções são o reflexo disso mesmo, não faço fretes, nem quero que os façam comigo. Gosto de transparência, que me digam as coisas mais belas do mundo e também as coisas mais terríveis caso o seja necessário, sem receios, nem medos, com a atitude de quem diz o que sente e sente o que diz.
As palavras devem ser um prolongamento das nossas acções, uma materialização verbal do que fizemos ou faremos. Quando elas não se encontram, então há algo que não está bem. Na minha curta experiência de vida, digo que não devemos perder tempo com este tipo de atitude, é simplesmente uma perda de energia que poderia estar a ser canalizada para algo muito mais interessante.

Não sou de cinzentos, não viajo pela Vida como o equilibrista que atravessa o arame, que não cai e que se cair tem a segurança da rede. Tomo opções, boas ou más, tomo-as, já errei, já acertei, Vivo. Já caí algumas vezes, custa, é díficil, mas permite-me ficar cada vez mais perto dos meus Sonhos, queda após queda. Não desisto nem que tenha de cair um milhão de vezes e de me levantar outras tantas vezes. Lutarei contra o Mundo, com e sem Moinhos de Vento, Luto de peito aberto. Os meus Sonhos? a minha espada...

Não abdico das minhas convicções. Não abdico do que Sou..

Sou,
8 ou 80
Tudo ou Nada
Preto ou Branco
Amigo ou Inimigo
Viver ou Morrer

Não tenho meio termo, sou assim...
Estou Certo ou Errado, é Bom ou é Mau? O futuro o dirá...


João

P.S: João adorei ler na Visão que estás «largado ao Vento», tens razão é profundamente poético, é algo de tão bonito que me vieram as lágrimas aos olhos.
Abraço com Saudade

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